O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (16) uma medida provisória que estabelece um reajuste linear de 9% nos salários dos militares das Forças Armadas, abrangendo ativos, inativos e pensionistas. A proposta, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada, visa mitigar os efeitos da inflação e a defasagem salarial enfrentada por esses profissionais nos últimos anos.
O impacto financeiro da medida será de R$ 3 bilhões em 2025 e R$ 5,3 bilhões em 2026, totalizando R$ 8,3 bilhões. O reajuste, que já começou a ser aplicado em abril deste ano, resultará em um aumento no salário mais baixo das Forças Armadas, que passará de R$ 1.078 para R$ 1.177, enquanto os vencimentos das patentes mais altas subirão de R$ 13.471 para R$ 14.711.
A medida foi editada pelo governo federal em março e tinha prazo de validade até agosto. O relator da MP, deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), reconheceu a pressão por um aumento maior, mas afirmou que o orçamento não comporta um reajuste superior ao proposto, apesar das tentativas de negociação com o governo e o Ministério da Defesa. Ao todo, aproximadamente 740 mil pessoas serão beneficiadas pelo reajuste, que é parte de um acordo mais amplo com os servidores públicos, que também receberam um aumento de 9%.