O Senado Federal brasileiro contabiliza, desde 4 de janeiro de 2021, um total de 70 pedidos de impeachment parados contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada após a ação protocolada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na quarta-feira, 23 de julho de 2025. Desde que o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), arquivou todos os pedidos em tramitação, o número de representações contra os magistrados da Corte não parou de crescer.
Dentre os pedidos pendentes, Alexandre de Moraes é o principal alvo, com 29 representações, o que representa 41% do total. O presidente do STF, Roberto Barroso, segue em segundo lugar com 19 pedidos, enquanto outros ministros como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin também enfrentam solicitações de destituição. Dos 11 ministros do tribunal, apenas três não possuem pedidos contra si.
Nos primeiros sete meses de 2025, o Senado recebeu mais pedidos de impeachment do que nos dois anos anteriores, totalizando 12 solicitações. A maioria das ações foi protocolada em 2021, incluindo um requerimento que pede a destituição de todos os 11 ministros que compunham a Corte na época, dos quais oito ainda ocupam suas cadeiras.
Vale destacar que, segundo a Constituição, não há previsão para o impeachment de ministros do STF, sendo que qualquer cidadão pode apresentar uma denúncia. As petições são analisadas pelo presidente do Senado, que decide se aceita ou arquiva os requerimentos, sem prazo definido para essa análise. Até o momento, nenhum pedido de impeachment contra um ministro do STF foi aprovado.