A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou 11 distribuidoras de gás no Brasil para que expliquem a não transferência integral da recente redução no preço do gás de cozinha e do Gás Natural Veicular (GNV) aos consumidores. A medida foi tomada após a Petrobras anunciar um corte de 14% no valor do gás fornecido às empresas. No entanto, as distribuidoras alegam que o impacto final para os consumidores será de apenas 1,39% a 1,45%.
O secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, expressou perplexidade diante da justificativa das distribuidoras e ressaltou que as empresas têm 48 horas para apresentar explicações técnicas e comerciais sobre a suposta impossibilidade de repassar a redução total. Caso as justificativas não sejam aceitas, as distribuidoras poderão enfrentar processos administrativos e multas que podem chegar a R$ 13 milhões.
Damous também destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou uma atuação rigorosa da Senacon, diante da suspeita de uma possível articulação entre as distribuidoras para reter parte da redução e aumentar suas margens de lucro. "A Senacon está apurando se há uma ação coordenada entre essas empresas para não beneficiar o consumidor com a queda de preço promovida pela Petrobras", afirmou o secretário.