Na tarde desta segunda-feira (07/07), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) se reuniu com a prefeitura de Goiânia, liderada pelo prefeito Sandro Mabel, para discutir as condições críticas do lixão da cidade. O encontro abordou os riscos do funcionamento do local, os passos necessários para a obtenção de uma nova licença ambiental e o futuro da destinação dos resíduos gerados na capital.
O lixão, que operou como aterro sanitário desde 1993, teve sua licença ambiental revogada em 2011 e não cumpriu as exigências de regularização acordadas com o Ministério Público. Em 2025, a Justiça determinou a interdição do local, mas a decisão foi revertida a pedido da prefeitura, que agora enfrenta multas diárias da Semad pela continuidade das operações.
Um relatório técnico da Semad, divulgado em maio, identificou 12 falhas críticas no lixão, incluindo a falta de licenças, proximidade com áreas residenciais e riscos de deslizamentos. Em resposta à discordância da prefeitura sobre os apontamentos, a secretária Andréa Vulcanis propôs uma nova reunião técnica para discutir as irregularidades. A prefeitura deverá solicitar um novo licenciamento ambiental para o lixão, que será analisado pela Semad.
Além disso, Vulcanis destacou o processo de regionalização da gestão de resíduos sólidos em Goiás, que visa substituir lixões por aterros sanitários que atendam várias prefeituras. A Semad não permitirá concessões ou parcerias para o futuro aterro regional que atenderá Goiânia e municípios vizinhos, deixando a decisão sobre a adequação do lixão atual a cargo da prefeitura.