O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, tem recomendado ao presidente Donald Trump que não demita Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). A orientação foi dada nos últimos meses, conforme reportagem do Wall Street Journal, que destaca os riscos econômicos e políticos associados a uma mudança abrupta na liderança do banco central, especialmente nos dez meses restantes do mandato de Powell.
Bessent argumenta que a demissão de Powell poderia ter efeitos negativos sobre a economia e os mercados financeiros, especialmente em um momento em que o Fed já sinalizou a possibilidade de redução das taxas de juros ainda este ano. Além disso, o secretário enfatizou as dificuldades legais e políticas que uma demissão enfrentaria, como potenciais processos judiciais e atrasos na nomeação de um substituto.
A especulação sobre a demissão de Powell aumentou após declarações de Trump e membros de seu governo, embora o presidente tenha negado publicamente a intenção de afastá-lo. Investidores expressam preocupação de que uma interferência na liderança do Fed possa comprometer sua independência, essencial para o controle da inflação.
Bessent também mencionou que o processo de sucessão no Fed está em andamento, com vagas previstas para o início do próximo ano, permitindo que Trump indique novos nomes para cargos importantes. Enquanto isso, a administração Trump tem intensificado críticas ao custo da reforma do prédio sede do Fed, o que analistas veem como uma estratégia para pressionar a instituição. A maioria dos senadores republicanos, incluindo líderes do Comitê Bancário, defende a independência do Fed e não apoia a demissão de Powell.