O secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz, foi condenado nesta quinta-feira (3) pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) a nove anos e nove meses de reclusão em regime fechado, por corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada pela 1ª Turma Criminal do TJDFT, que reformou uma sentença anterior que havia absolvido o secretário. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Ferraz por irregularidades cometidas durante sua presidência no Instituto de Previdência dos Servidores Públicos (Ipreve), entre 2019 e 2022.
A investigação, que teve início em 2023, foi conduzida na Operação Imprevidentes e resultou em oito mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Piauí. Segundo a denúncia, Ney Ferraz e outros três réus favoreceram empresas em editais de credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras em troca de vantagens. A defesa do secretário, representada pelo advogado Cléber Lopes, afirmou que o processo tramita em sigilo e reiterou a presunção de inocência de Ferraz, destacando que a condenação será contestada em instâncias superiores.
Em nota, a defesa criticou a decisão da 1ª Turma Criminal, alegando que se baseou em um exame superficial do processo, e lembrou que, conforme a Constituição Federal, ninguém pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. A nota também expressou preocupação com a cobertura midiática do caso, que transformaria uma questão familiar em um espetáculo público.