A morte de Ozzy Osbourne, aos 76 anos, na terça-feira (22), gerou uma onda de tributos ao redor do mundo, incluindo uma homenagem inusitada na Amazônia. O Dendropsophus ozzyi, um sapo de aproximadamente 2 centímetros, foi nomeado em homenagem ao ícone do rock, conhecido como Príncipe das Trevas. A descoberta ocorreu em 2014 durante uma expedição científica liderada pelos pesquisadores Marcelo Sturaro e Pedro Peloso, em colaboração com o Museu Paraense Emílio Goeldi.
O sapo se destaca por seu canto agudo, que se assemelha ao som de um morcego, uma associação que os pesquisadores não puderam ignorar, dada a famosa performance de Osbourne em que ele mordeu a cabeça de um morcego durante um show. O Dendropsophus ozzyi pertence ao gênero Dendropsophus, que inclui 88 outras espécies, e é encontrado exclusivamente no Brasil, em regiões específicas da Amazônia, no Pará e no Amazonas.
De acordo com o Museu Goeldi, os machos da espécie possuem um grande saco vocal, que se infla e permite que o canto alcance frequências de até 9 kHz, uma habilidade rara entre os anuros. Atualmente, exemplares da espécie estão preservados na coleção de anfíbios do Museu Emílio Goeldi, em Belém, que está aberto ao público para visitações.