No último domingo (13), a cidade de São Paulo vivenciou o segundo dia mais violento em termos de ataques a ônibus desde o início da onda de violência no transporte público, que começou em junho. De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e a SPTrans, 47 veículos foram depredados em diversas regiões da capital. O dia mais crítico até agora foi em 7 de julho, com 59 ataques registrados.
Desde o início da crise, em 12 de junho, 421 ônibus foram danificados apenas na capital paulista, e o total de incidentes em todo o estado ultrapassa 600, incluindo a Grande São Paulo e a Baixada Santista. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) expressou preocupação com a lentidão das investigações da Polícia Civil, afirmando que a situação requer uma resposta mais ágil das autoridades.
Nunes também destacou que, segundo a Polícia Civil, o Primeiro Comando da Capital (PCC) não é considerado o responsável direto pelos ataques. As investigações estão explorando três linhas principais: uma possível ligação com o PCC, desafios nas redes sociais envolvendo adolescentes e disputas entre empresas do setor de transporte coletivo. A última hipótese é a mais considerada pela polícia, que acredita que a motivação pode estar ligada ao descontentamento com práticas de empresas concorrentes.
Até o momento, sete suspeitos foram detidos, incluindo um homem que feriu gravemente uma passageira ao atirar uma pedra em um ônibus em movimento. A Polícia Civil está tratando os casos como tentativas de homicídio e intensificando o trabalho da Delegacia de Crimes Cibernéticos para investigar possíveis conexões com redes sociais e novos ataques.