Desde o início de junho, mais de 560 ônibus foram atacados em São Paulo e na Região Metropolitana, com 59 incidentes ocorrendo apenas na segunda-feira (7). Os ataques, que têm gerado preocupação entre os passageiros e motoristas, foram registrados principalmente na Zona Sul da capital. A polícia investiga as motivações por trás dessa série de atentados, que incluem ações coordenadas por facções criminosas e possíveis disputas internas entre operadores de transporte.
Na noite de segunda-feira, um ônibus na Zona Oeste foi apedrejado, destacando-se como um dos dias mais críticos da onda de violência. Além disso, um ônibus que transporta passageiros para o Aeroporto Internacional de São Paulo também foi alvo dos vândalos. A administração do transporte coletivo em São Paulo já contabilizou 328 ataques, enquanto outros 241 ocorreram na Grande São Paulo.
As investigações policiais estão focadas em três linhas principais: ações do Primeiro Comando da Capital (PCC), ataques incentivados por grupos nas redes sociais e tentativas de causar prejuízos às empresas de transporte. Até o momento, três pessoas foram presas, incluindo Éverton de Paiva Balbino, de 32 anos, indiciado por tentativa de homicídio após ter arremessado uma pedra que feriu uma passageira.
O delegado Fernando Santiago, responsável pela investigação, afirmou que a polícia adotará uma postura rigorosa contra os responsáveis pelos ataques, considerando que esses atos podem resultar em consequências fatais para os passageiros. A segurança no transporte público se tornou uma prioridade, com a promessa de que todos os envolvidos em atos de vandalismo serão responsabilizados criminalmente.