O Estado de São Paulo registrou 974 casos de hepatite A entre 1º de janeiro e 8 de julho de 2025, um aumento alarmante de 90% em relação ao mesmo período do ano anterior, que contabilizou 498 casos. A principal causa das infecções foi a ingestão de água e alimentos contaminados, com infecções sexualmente transmissíveis também contribuindo para o crescimento dos casos. Para enfrentar essa situação, o governo paulista lançou um painel de monitoramento que abrange hepatite A e outras doenças transmitidas por água e alimentos.
Essa nova ferramenta permite o acompanhamento em tempo real dos casos e da taxa de incidência, facilitando a resposta das autoridades de saúde. Além dos casos de hepatite A, até abril de 2025, foram confirmadas 560 notificações de hepatite B e 641 de hepatite C, doenças que podem causar complicações graves no fígado, como cirrose e câncer, tornando a vigilância e o tratamento essenciais.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo destacou a importância da vacinação, que é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e protege contra hepatites A e B. Em 2025, a cobertura vacinal para hepatite B em crianças com até um mês de vida atingiu 94,19%, um aumento em relação aos índices de 2022. O painel de monitoramento também registrou um caso de febre tifóide e 25 suspeitas em 2025, além de 21 situações suspeitas de poliomielite que foram analisadas e descartadas, evidenciando a vigilância contínua das autoridades de saúde.