Um levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) revelou que a capital paulista registrou 855 atos de vandalismo contra ônibus desde janeiro de 2025. Os dados abrangem apenas os coletivos municipais, excluindo os intermunicipais e os que operam no litoral, que também enfrentam problemas semelhantes. O mês de junho foi o mais violento, com 270 ataques, resultando em uma média de três ônibus depredados por dia.
A Secretaria da Segurança Pública informou que 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas estão mobilizados em todo o Estado para coibir esses ataques. No entanto, apesar da operação policial iniciada na última semana, os atos de vandalismo persistem, com um recorde de 59 coletivos vandalizados em um único dia, na última segunda-feira, 7. A investigação sobre os motivos dos ataques ainda não foi concluída, mas entre as hipóteses estão rivalidades entre empresas de ônibus e influências de desafios na internet.
Além disso, a Polícia Civil investiga a possibilidade de ação coordenada por facções criminosas, como o PCC. A Prefeitura de São Paulo já proibiu algumas empresas de operar linhas na capital devido a essas disputas. O impacto dos ataques tem dificultado a reposição de vidros e a manutenção dos veículos, complicando ainda mais a situação do transporte público na cidade.