A cidade de São Paulo contabilizou 855 casos de vandalismo e depredação de ônibus municipais em 2025, conforme levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss). Os dados abrangem apenas os ônibus que operam na capital, excluindo coletivos intermunicipais. O aumento nos ataques foi notável nas últimas semanas, mesmo com a implementação de uma operação especial de segurança pelo governo estadual.
No dia 7 de agosto, a cidade registrou o maior número de ocorrências em um único dia, com 59 ônibus danificados em diversos pontos. O mês de junho foi o mais violento até agora, com 270 casos, o que equivale a uma média de três ônibus depredados diariamente. A Secretaria da Segurança Pública mobilizou 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o Estado para enfrentar a situação, mas ainda não há conclusões sobre as causas dos ataques.
As investigações da Polícia Civil se concentram em duas linhas principais: rivalidades entre empresas de transporte e ações coordenadas por facções criminosas, como o PCC. Além disso, a polícia apura casos motivados por desafios virais na internet. Um dos suspeitos detidos, filho de um motorista de ônibus, é acusado de ferir uma passageira ao atirar uma pedra contra um coletivo na Avenida Washington Luís, em junho.
A disputa acirrada no setor de transporte também se intensificou após a Prefeitura de São Paulo proibir as viações UPBus e Transwolff de operarem na cidade. Entre junho e julho, a região central registrou o maior número de ataques, com 80 ocorrências. As empresas mais afetadas incluem a Viação Metrópole, Mobibrasil, Santa Brígida e Via Sudeste. A SPTrans informou que 338 veículos foram depredados desde 12 de junho, mas não se pronunciou sobre os casos anteriores a essa data.