No domingo (13), a cidade de São Paulo contabilizou 47 ataques a ônibus da rede municipal, marcando o segundo maior número de incidentes do tipo em um único dia. Em um mês, mais de 700 casos foram registrados na Região Metropolitana e na Baixada Santista. Os ataques, que incluem vandalismo e agressões a passageiros, têm gerado preocupação entre a população e autoridades locais.
Um dos incidentes ocorreu às 21h34 na Zona Leste, quando um ônibus foi atingido por um objeto enquanto passageiros aguardavam em um ponto. Apesar de o vidro não ter quebrado, o susto foi significativo. De acordo com a Agência Paulista de Transportes, entre 12 de junho e 13 de agosto, 421 ônibus foram vandalizados na capital, além de 263 em linhas intermunicipais e 34 na Baixada Santista.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou em entrevista que os depoimentos de sete suspeitos presos indicam que os ataques podem ser parte de uma ação orquestrada. A Secretaria da Segurança Pública implementou a Operação Impacto, mobilizando quase 8 mil policiais para investigar e prevenir novos incidentes. Além dos danos financeiros, que podem chegar a R$ 800 por vidro quebrado, os atos de vandalismo afetam a operação do transporte público, com ônibus fora de circulação por até dez dias para reparos e perícia.
Os passageiros expressam medo e tentam evitar horários de maior risco, optando por alternativas como carros por aplicativo. A situação tem gerado um apelo por medidas eficazes para garantir a segurança no transporte público da cidade.