No último domingo (13), a cidade de São Paulo registrou 47 ataques a ônibus, conforme informações da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e da SPTrans. Este evento marca o segundo dia mais violento desde o início da onda de vandalismo, que começou em 12 de junho, totalizando 421 veículos depredados na capital até o momento. Os ataques têm se espalhado por diversas regiões da cidade e também atingido municípios da Grande São Paulo e da Baixada Santista, somando mais de 600 incidentes.
A polícia intensificou as investigações e já deteve sete suspeitos, enquanto trabalha com três linhas de investigação: possíveis ligações com o PCC, desafios de internet e descontentamento de empresas ou indivíduos do setor de transporte urbano coletivo. O delegado Fernando José Góes Santiago sugere que os responsáveis podem estar insatisfeitos com o tratamento recebido por empresas rivais.
Entre os detidos, destaca-se Júlio César da Silva, que foi filmado atacando um ônibus e, apesar de aparentar um surto mental, pode estar envolvido em uma ação orquestrada. Outro suspeito, Everton de Paiva Balbino, foi identificado como o motorista de um carro que, após um incidente de trânsito, atirou uma pedra contra um ônibus, ferindo gravemente uma passageira. Everton foi indiciado por tentativa de homicídio, sendo este o ataque mais grave registrado até agora.