São Paulo enfrenta uma onda de apedrejamentos a ônibus, com 322 ocorrências registradas entre 1º de julho e 16 de julho de 2025, segundo dados da SPTrans. A média diária de ataques ultrapassa 20, o que representa o dobro da média registrada em junho, quando os incidentes começaram. A Polícia Civil investiga as motivações por trás desses atos de vandalismo, que se espalham por outros municípios da região metropolitana e do litoral paulista.
Desde o início dos registros em 12 de junho, o total de apedrejamentos já soma 501, com um pico de 59 ataques em um único dia, em 7 de julho. As ocorrências têm gerado ferimentos em passageiros e funcionários do transporte público, além de provocar a retirada de veículos de circulação. Um caso recente envolveu um menino de 10 anos que se feriu com estilhaços de vidro após uma bolinha de gude quebrar a janela de um ônibus no Morumbi.
A situação é alarmante, com 791 ataques contabilizados em todo o Estado, envolvendo 23 municípios da região metropolitana e da Baixada Santista. O Deic investiga três possíveis causas para os ataques: desafios de internet, ação coordenada por facções criminosas e sabotagem por empresas de transporte. O prefeito Ricardo Nunes sugere que a motivação pode estar ligada a desafios online, enquanto o Deic aponta para disputas entre empresas do setor.
A SPTrans orientou as concessionárias a comunicarem imediatamente as ocorrências às autoridades e a garantirem a continuidade do serviço, substituindo veículos danificados. O governo do Estado, por sua vez, afirmou que as forças policiais estão mobilizadas para identificar e prender os responsáveis pelos ataques, com oito suspeitos já detidos até o momento.