Desde 12 de junho, a capital paulista enfrenta uma onda de vandalismo com ataques a ônibus, totalizando pelo menos 544 veículos apedrejados em São Paulo, Grande São Paulo e Baixada Santista. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans informam que 260 ônibus foram danificados na cidade, com a zona sul concentrando 60% dos incidentes. Em média, ocorrem 10 ataques por dia.
A Polícia Civil investiga as motivações por trás desses atos, considerando três linhas principais: uma possível ação coordenada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), influências de desafios virais na internet e possíveis sabotagens por empresas que perderam contratos com a prefeitura. A Divisão de Crimes Cibernéticos está monitorando plataformas digitais para identificar a organização dos ataques, que podem envolver a participação de adolescentes.
Em resposta aos vandalismos, a SMT e a SPTrans enfatizam a importância de manter a frota de ônibus em operação, mesmo após os ataques. As concessionárias são orientadas a reportar imediatamente os incidentes à Central de Operações e formalizar as ocorrências junto às autoridades. A continuidade do serviço aos passageiros deve ser garantida, com a substituição de veículos danificados por reservas técnicas, sob pena de penalizações por viagens não realizadas.