O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta semana os dados do Indicador Criança Alfabetizada, que avalia o domínio das habilidades básicas de leitura e escrita entre crianças até o segundo ano do ensino fundamental. Em São Paulo, o índice de alfabetização na rede pública subiu de 51,91% em 2023 para 58,13% em 2024, superando a meta de 56,6% estabelecida pelo MEC. No entanto, a média paulista ainda está abaixo da média nacional de 59,2%.
Na cidade de São Paulo, o índice também apresentou crescimento, passando de 37,9% em 2023 para 48,25% em 2024, superando a meta municipal de 44,37%. Apesar desse avanço, a capital ocupa a 544ª posição entre os 626 municípios paulistas analisados, o que evidencia desigualdades sociais que impactam o desempenho educacional.
O secretário municipal de Educação, Fernando Padula, destacou a importância de garantir equidade no acesso à educação, enfatizando que a desigualdade racial e social afeta os índices de alfabetização. Ele ressaltou que os investimentos de R$ 300 milhões feitos nos últimos dois anos e a contratação de novos professores têm contribuído para a melhoria dos resultados. O objetivo é que até 2028, 70% das crianças da capital estejam alfabetizadas, enquanto o estado visa alcançar 80% até 2030.
Ivan Gontijo, do movimento Todos pela Educação, reconheceu o progresso, mas alertou que a cidade ainda precisa de avanços significativos para se posicionar entre as capitais com melhores índices de alfabetização. A análise dos dados do MEC indica que, embora os investimentos estejam começando a mostrar resultados, São Paulo ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir as metas estabelecidas.