O Santander Brasil (SANB11) anunciou nesta quarta-feira (30) que obteve um lucro líquido de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025. O resultado representa uma queda de 5,2% em comparação ao primeiro trimestre deste ano, mas um aumento de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho financeiro ficou abaixo das expectativas de analistas, que projetavam um lucro de R$ 3,73 bilhões.
O desempenho do banco foi impactado pelo aumento das provisões para devedores duvidosos e pela redução no resultado com o mercado. Em resposta a um ambiente macroeconômico instável, o Santander adotou uma postura mais conservadora na concessão de crédito e na gestão de sua tesouraria. A carteira de crédito ampliada do banco cresceu 1,5%, totalizando R$ 675,5 bilhões, com destaque para o financiamento ao consumo, que aumentou 15,8%.
O CEO Mário Leão destacou que, apesar do lucro líquido e do retorno sobre o patrimônio líquido terem crescido em relação a 2024, houve uma diminuição em relação ao trimestre anterior devido a um "ambiente macroeconômico mais desafiador". O banco elevou suas provisões para R$ 5,635 bilhões, um aumento de 15% em relação ao final de 2024, em resposta às taxas de juros mais altas e ao aumento do endividamento das famílias.
As operações do Santander Brasil continuam a ser significativas para o grupo global, representando 28% do lucro total no trimestre. No entanto, a piora nas provisões teve um efeito negativo nas cotações internacionais do banco, que também enfrenta oscilações cambiais devido à valorização do euro em relação ao dólar. O diretor financeiro, José Garcia Cantera, enfatizou a necessidade de prudência em um cenário econômico incerto, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando.