Santa Catarina é o quarto estado brasileiro em produção de bananas e lidera as exportações da fruta, com forte concentração nas regiões Norte e Vale do Itajaí. Municípios como Corupá, Luiz Alves, Massaranduba e Jaraguá do Sul são os principais responsáveis por esse desempenho, que é impulsionado por rigorosas ações de sanidade vegetal realizadas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
A Cidasc atua na prevenção e controle de pragas que ameaçam a bananicultura, como o Moko da Bananeira e o Mal-do-Panamá. Para evitar a introdução dessas pragas, a companhia fiscaliza o ingresso de cargas agropecuárias e orienta os produtores sobre boas práticas culturais e o uso de mudas certificadas. Além disso, a Cidasc emite a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), garantindo que as normas fitossanitárias sejam seguidas.
Recentemente, a tecnologia tem sido uma aliada no monitoramento das lavouras. O uso de drones permite a identificação rápida de plantas com sintomas de doenças, como folhas murchas. Segundo o engenheiro-agrônomo da Cidasc, Julio Vilperte, a utilização de drones multiespectrais já está em andamento, possibilitando a geração de mapas de índices de vegetação que ajudam no diagnóstico precoce de doenças, aumentando a eficiência das inspeções e contribuindo para a defesa sanitária da bananicultura catarinense.
As ações de defesa vegetal têm mostrado resultados positivos, como a erradicação do moko da bananeira e o controle da Sigatoka Negra. Essas pragas, embora não afetem a saúde humana, impactam severamente a produtividade agrícola, o que pode afetar toda a população. Com décadas de certificação fitossanitária, os bananicultores de Santa Catarina conseguem comercializar sua produção em outros estados e até no exterior.