O salário mínimo brasileiro passará de R$ 1.518 para R$ 1.630 em 2026, conforme anunciado pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante audiência pública no Senado Federal nesta terça-feira (8). O reajuste representa um aumento de aproximadamente 7,38% e é considerado o maior em termos reais nos últimos 50 anos, refletindo a intenção do governo de valorizar o poder de compra dos trabalhadores em um cenário de recuperação econômica pós-pandemia.
Durante a audiência, Tebet também abordou as implicações fiscais do aumento, destacando que cada R$ 1 de incremento no salário mínimo geraria um custo adicional de cerca de R$ 420 milhões devido a despesas vinculadas, como previdência e abonos. A ministra reafirmou o compromisso do governo com o cumprimento do arcabouço fiscal, mesmo diante do aumento das despesas.
Além do reajuste, a ministra defendeu a necessidade de promover a justiça tributária no Brasil, em meio a discussões sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Tebet enfatizou a importância de equilibrar a carga tributária entre as diferentes classes sociais e destacou os impactos positivos esperados com a reforma tributária em andamento. O novo valor do salário mínimo ainda precisa ser formalizado por meio de medida provisória ou projeto de lei, dependendo da tramitação no Congresso Nacional e da sanção presidencial.