Marcelo Cavalheiro, fundador e gestor da Safari Capital, destacou que o atual desinteresse do mercado por ações reflete um padrão histórico, similar ao que ocorreu em 2002, quando a expectativa da vitória de Lula fez o dólar disparar e afastou investidores das ações. Em entrevista ao programa Stock Pickers, Cavalheiro enfatizou que, apesar da incerteza política em torno das eleições de 2026, existem oportunidades claras na Bolsa brasileira, especialmente em empresas voltadas para o mercado interno.
Cavalheiro, que possui uma trajetória consolidada no setor financeiro, com passagens por instituições como BFB e Credit Suisse Hedging-Griffo, acredita que momentos de desconfiança podem resultar em grandes retornos. Ele observou que o mercado atual parece desconectado dos fundamentos empresariais, com a atenção excessivamente voltada para questões políticas, como a definição do candidato apoiado por Jair Bolsonaro.
A estratégia da Safari Capital atualmente se concentra em small caps, empresas de menor capitalização, que, segundo Cavalheiro, estão subvalorizadas devido ao cenário político. Entre as ações recomendadas estão C&A, Vivara, Azzas e Movida, que apresentam grande potencial de valorização. Cavalheiro argumentou que, em um ambiente de juros mais baixos e recuperação econômica, essas empresas poderiam ter uma valorização significativa, entre 50% e 100%, oferecendo uma alavancagem favorável para os investidores.