O governo russo, sob a liderança de Vladimir Putin, anunciou um novo programa que oferece 670 mil rublos (aproximadamente R$ 47,8 mil) para novas mães, como parte de uma estratégia para combater a queda nas taxas de natalidade no país. Esta iniciativa, que se soma a uma política iniciada em 2007, visa incentivar o nascimento de filhos, especialmente o segundo, que pode resultar em um total de quase 900 mil rublos (R$ 64,3 mil). Além dos incentivos federais, diversas regiões, como Oriol e Kemerovo, estão implementando suas próprias medidas de apoio financeiro para famílias, incluindo pagamentos para estudantes que se tornam pais.
A Rússia enfrenta uma crise demográfica significativa, com taxas de mortalidade superando as de natalidade desde 2016, o que levou o país a registrar o menor nível de natalidade em 200 anos. Apesar das políticas de incentivo, os resultados têm sido limitados, e a situação se agravou em 2024, em parte devido à Guerra da Ucrânia e à instabilidade econômica. Em resposta, Putin reestabeleceu uma política da era soviética que concede 1 milhão de rublos (R$ 71,4 mil) a mães que tenham mais de dez filhos.
Além dos incentivos financeiros, o governo russo impôs restrições à promoção de estilos de vida sem filhos, com multas que podem chegar a 5 milhões de rublos (R$ 357 mil). O discurso oficial enfatiza a maternidade como uma conquista pessoal, enquanto a comunidade LGBTQIA+ enfrenta crescente perseguição. Putin tem defendido que as famílias devem ter pelo menos três filhos, sugerindo que a maternidade deve ser priorizada em relação às carreiras profissionais.