A revista britânica 'The Economist' destaca a crescente influência da Rússia no mercado nuclear global, revelando que a estatal Rosatom controla cerca de 65% da exportação de reatores nucleares e 44% da capacidade mundial de enriquecimento de urânio. A análise, que contradiz críticas recentes de veículos brasileiros sobre o suposto isolamento do Brasil, aponta que a dependência ocidental do urânio enriquecido russo continua alta, com a Europa adquirindo um quarto de seu urânio da Rússia em 2024.
Em 2023, a Rússia arrecadou 2,7 bilhões de dólares com a venda de urânio enriquecido e 1,1 bilhão com reatores e componentes. A dependência de reatores russos está sendo questionada, com iniciativas ocidentais, como o grupo Sapporo Five, investindo 4,2 bilhões de dólares em enriquecimento de urânio para reduzir essa vulnerabilidade.
Entretanto, a competição no setor nuclear se intensifica, com a China se destacando por sua capacidade de construção rápida de reatores e financiamento estatal. A possibilidade de um mercado nuclear dominado por autocracias, como Rússia e China, levanta preocupações sobre a segurança e a influência geopolítica no setor energético global.