O advogado Martin De Luca, representante da plataforma Rumble e da Trump Media, classificou a ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como uma "resposta direta" ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração ocorreu após Trump anunciar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, em um contexto de tensões comerciais entre os países. De Luca argumentou que a decisão do STF, que exige a remoção de conteúdos do comentarista Rodrigo Constantino e a entrega de seus dados às autoridades brasileiras, foi proferida apenas dois dias após a carta de Trump.
Na última segunda-feira (14), as empresas protocolaram uma nova petição na Justiça da Flórida contestando a ordem de Moraes, que foi emitida na sexta-feira anterior. A decisão impõe uma multa diária de R$ 100.000 em caso de descumprimento no prazo de 48 horas. De Luca ressaltou que a ordem não possui propósito prático e representa uma mensagem clara desafiando a posição de Trump sobre a liberdade de expressão e a atuação das big techs no Brasil.
Trump, em sua justificativa para o aumento das tarifas, mencionou a "violação fundamental da liberdade de expressão dos norte-americanos", citando ordens de censura emitidas pelo STF. As empresas argumentam que a decisão é inválida, pois foram notificadas de maneira informal e que a conta de Constantino está inativa desde dezembro de 2023, além de que a Rumble já está bloqueada no Brasil desde fevereiro, por determinação do STF.