O ex-presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu neste domingo (27) às críticas de parlamentares bolsonaristas após se manifestar contra a proposta de anistia ampla a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A declaração ocorreu após sua participação em um evento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Vale do Jequitinhonha (MG), na última quinta-feira (24). Pacheco afirmou que a proposta de anistia é uma tentativa de deslegitimar a democracia e que deve ser resistida por todos os homens públicos responsáveis.
Em nota enviada à CNN, Pacheco destacou que já convivia com ataques da extrema-direita antes de assumir a presidência do Senado e reafirmou seu compromisso com a democracia. "Nunca abaixei a cabeça para esse grupo, que só faz gritar e agredir. Não propõe nada de relevante e útil", declarou. O senador ainda enfatizou que a defesa da democracia e do Estado de Direito é uma obrigação de todos, independentemente de suas posições políticas.
As declarações de Pacheco geraram reações de parlamentares bolsonaristas, como a deputada Bia Kicis (PL-DF), que chamou seu discurso de "aloprado", e o deputado Giovani Cherini (PL-RS), que criticou o senador por, segundo ele, estar "bajulando Lula". A tensão entre os grupos políticos evidencia o clima polarizado no cenário atual, especialmente em relação à proposta de anistia que vem sendo defendida pela oposição bolsonarista.