Motoristas que costumam dirigir com o tanque de combustível quase vazio podem estar colocando em risco a saúde de seus veículos, segundo especialistas. Em entrevista ao portal UOL, o engenheiro Erwin Franieck, do Instituto SAE4Mobility, destacou que manter o nível de combustível próximo da reserva pode levar a problemas mecânicos, como o superaquecimento da bomba de combustível e a sucção de resíduos sólidos do fundo do tanque.
Franieck também alertou para o risco de 'pane seca', que ocorre quando o motorista acredita que ainda há combustível suficiente para o trajeto, mas o tanque já está vazio. Essa situação pode ser agravada por falhas na indicação do nível de combustível, especialmente quando o veículo está próximo da reserva.
O professor Marcelo Alves, da Politécnica da USP, complementou que a prática de manter o tanque cheio é recomendada para veículos que ficam parados por mais de 15 dias, a fim de evitar a oxidação do combustível. Para quem utiliza o carro frequentemente, abastecer várias vezes ao mês não é problemático, desde que não se dirija com níveis baixos de combustível.
Além disso, especialistas desmistificam a ideia de que rodar na reserva representa uma economia de combustível. Na verdade, essa prática apenas adia o abastecimento e não reduz o consumo, já que o gasto está relacionado à quilometragem percorrida. Portanto, a recomendação é evitar dirigir com o tanque na reserva para proteger o veículo e evitar surpresas na estrada.