O rock goiano, que durante três décadas evoluiu de uma manifestação alternativa em um estado conservador para uma referência nacional e internacional, se destaca especialmente em Goiânia, onde diversas bandas autorais emergiram. A cena musical local, marcada por estilos distintos, foi analisada com a colaboração do jornalista Leonardo Razuk, diretor da Monstro Discos e organizador de festivais como o Goiânia Noise.
Nos anos 1990 e início dos anos 2000, bandas como Mechanics e MQN se tornaram ícones do rock goiano, com sonoridades influenciadas pelo stoner rock e garage punk. Essas bandas não apenas se destacaram pela sua música, mas também pela atitude de 'faça você mesmo', organizando shows e festivais, como o Bananada. Elas abriram caminho para grupos como Black Drawing Chalks e Hellbenders, que continuaram a tradição do rock pesado na região.
Enquanto algumas bandas optaram por um som mais agressivo, outras, como Violins e Cambriana, exploraram lirismos e melodias sofisticadas, consolidando-se na cena indie. A nova geração, representada por Boogarins e Carne Doce, trouxe uma abordagem psicodélica tropical, alcançando reconhecimento internacional e participando de festivais renomados. Além disso, a cena metal goiana, com bandas como Mandatory Suicide e Heavens Guardian, solidificou sua presença com uma base de fãs dedicada e performances marcantes.
O cenário do rock em Goiás, portanto, reflete uma diversidade rica e vibrante, que continua a influenciar novas gerações de músicos e a expandir suas fronteiras, mantendo-se relevante no panorama musical brasileiro e global.