A defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson solicitou a troca de sua tornozeleira eletrônica, alegando que o dispositivo estava apertando seu pé e poderia comprometer sua saúde. Em resposta, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Jefferson deixasse a prisão domiciliar para realizar a troca na sede da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, em 2 de julho. A defesa destacou que a saúde do ex-deputado, que já é debilitada, poderia ser ainda mais prejudicada pela situação.
Roberto Jefferson, ex-dirigente do PTB, foi preso em 2022 durante uma operação da Polícia Federal relacionada ao inquérito das milícias digitais, onde resistiu à abordagem com granadas e disparos de fuzil. Desde então, ele passou dois anos internado sob custódia, enfrentando problemas de saúde que culminaram em sua internação em um hospital particular em junho de 2023. A prisão domiciliar foi concedida em maio deste ano, por razões humanitárias, conforme decisão de Moraes.
O ex-deputado foi condenado em dezembro de 2024 a nove anos, um mês e cinco dias de prisão por crimes como calúnia, homofobia e incitação ao crime. Moraes, relator do caso, afirmou que Jefferson utilizou recursos do PTB para disseminar informações falsas que ameaçavam a independência dos Poderes Legislativo e Judiciário, além de comprometer o Estado Democrático de Direito.