Em sua primeira entrevista após o período de quarentena, o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou preocupação com a possibilidade de um aumento da dívida pública entre 3 a 5 pontos percentuais por ano, caso o governo não consiga gerar superávits. Ele destacou que a atual situação das contas públicas está imersa em uma polarização política que divide a sociedade entre ricos e pobres.
Campos Neto afirmou que o discurso de ‘nós contra eles’ é prejudicial ao crescimento estrutural do país. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada neste domingo (6), ele enfatizou a importância da união entre empresários, empregados e governo para promover um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Além disso, o ex-presidente do BC comentou sobre as críticas recebidas pelo Ministério da Fazenda, ressaltando a necessidade de um diálogo construtivo que envolva todos os setores da sociedade. A entrevista foi realizada um dia antes de Campos Neto assumir o cargo de vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank, em 1º de julho.