A mineradora Rio Tinto anunciou nesta quarta-feira (2) que registrou seu menor lucro no primeiro semestre em cinco anos, totalizando US$ 4,81 bilhões, uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, que ficou abaixo da expectativa de analistas, é atribuído à queda de 15% nos preços do minério de ferro, principal produto da empresa, em meio a um aumento nos custos operacionais em suas instalações em Pilbara, Austrália.
Além do lucro reduzido, a companhia também declarou um dividendo intermediário de US$ 1,48 por ação, o menor em sete anos, comparado aos US$ 1,77 distribuídos no ano passado. O CEO Jakob Stausholm, que deixará o cargo em 25 de agosto, afirmou que a empresa está em “boa forma” e que há oportunidades futuras, especialmente com um foco crescente no cobre.
Os custos unitários nas operações de minério de ferro em Pilbara subiram para US$ 24,3 por tonelada métrica úmida, refletindo a redução nos embarques e os impactos de eventos climáticos. A Rio Tinto manteve sua meta de embarque para o ano em 323 milhões a 338 milhões de toneladas, enquanto analistas projetam uma possível recuperação nos preços do minério de ferro devido a mudanças na produção de aço na China e no reabastecimento do mercado.
No setor de lítio, a demanda tem se mostrado robusta, especialmente para baterias estacionárias, com preços começando a se recuperar após uma queda. Stausholm destacou que o crescimento da demanda por cobre pode ser impulsionado pela necessidade energética de data centers nos EUA, que pode dobrar a demanda para 4 milhões de toneladas.