As obras de revitalização da Praça da Bandeira, localizada no bairro da Campina em Belém, iniciadas em 23 de julho, resultaram na descoberta de mais de 500 fragmentos históricos, incluindo cerâmicas, moedas e louças. O achado, realizado pela equipe da Amazônia Arqueologia, ocorre em paralelo ao projeto Freezone Cultural Action, que será apresentado durante a COP 30, e visa deixar um legado cultural à cidade.
O arqueólogo Kelton Mendes, responsável pela escavação, explicou que a Praça da Bandeira possui uma rica história, tendo sido um ponto de mobilização militar e espaço de comércio ao longo dos séculos. "Desde o início das escavações, encontramos materiais que refletem o cotidiano da população, como moedas dos séculos 17 e 18", afirmou Mendes, que acredita que o número de fragmentos pode ultrapassar mil.
A última escavação está prevista para esta sexta-feira, 1º de agosto, e visa garantir um controle estratigráfico do sítio. Após a fase de campo, os materiais serão higienizados e catalogados de acordo com as normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Mendes destacou a importância de resgatar histórias do cotidiano, além dos grandes marcos históricos da cidade.
A instalação Freezone Cultural Action, que motivou a revitalização da praça, será uma das principais atrações da COP 30, com foco na participação do público jovem. Giovanni Dias, presidente do Instituto Cultural Artô, enfatizou a necessidade de incluir a juventude no debate climático, criando um espaço democrático e acessível para discussões e apresentações artísticas sobre temas ambientais.