A Feira do Açaí e a Rua da Ladeira, em Belém, recentemente revitalizadas com um investimento de mais de R$ 60 milhões, foram alvo de depredação em menos de duas semanas após sua reinauguração. O espaço, considerado patrimônio tombado pelo Iphan e um importante ponto cultural da capital paraense, passou por reformas que incluíram novos boxes, iluminação moderna e rampas de acessibilidade, visando valorizar a área e beneficiar trabalhadores e frequentadores.
Entretanto, a alegria pela revitalização foi rapidamente ofuscada por atos de vandalismo. Bancos e placas foram pichados, e estruturas como a rampa de mobilidade e o guarda-corpo foram arrancados, gerando indignação na comunidade. A destruição do patrimônio público é vista como um ataque à cidadania e à história da cidade, refletindo um desprezo alarmante pelo que pertence a todos os cidadãos.
A depredação do espaço público não é considerada uma forma de arte ou protesto, mas sim um crime. A preservação do patrimônio coletivo é fundamental para a dignidade urbana, e a resistência deve ser direcionada contra a opressão, não contra o que é essencial para a convivência e o respeito mútuo na cidade. A situação levanta preocupações sobre a falta de zelo e respeito por parte de alguns indivíduos em relação ao patrimônio de Belém.