Sete réus acusados de integrar uma organização criminosa para tentar um golpe de Estado em 2022 prestarão depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 24 de julho. Os interrogatórios, realizados por videoconferência, foram confirmados pela juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
De acordo com a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), o grupo, conhecido como núcleo 4, era composto por militares da ativa e da reserva, além de policiais federais e civis. Eles são acusados de disseminar desinformação sobre o processo eleitoral e realizar ataques virtuais contra instituições e autoridades que se opunham aos interesses do grupo.
Os réus enfrentam graves acusações, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado. Entre os acusados estão Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, que teriam utilizado suas posições para articular e propagar informações falsas, visando desestabilizar o sistema democrático e mobilizar a população para ações extremas, como os eventos de 8 de janeiro.
O núcleo também é acusado de operar uma célula de contrainteligência infiltrada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), utilizando sua estrutura para monitorar autoridades e disseminar conteúdo enganoso nas redes sociais, com o objetivo de minar a confiança no processo eleitoral e pressionar os comandos das Forças Armadas a aderirem ao golpe.