O fim das férias de julho traz de volta a rotina para estudantes e famílias em todo o Brasil, mas essa transição pode ser desafiadora. De acordo com a psicóloga clínica e neuropsicóloga Joelma Martins, a mudança de ritmo durante as férias pode gerar desânimo, ansiedade e dificuldades de concentração. "Criar um hábito requer repetição, e 15 ou 30 dias de descanso podem transformar a rotina em algo automático", explica.
Martins destaca que a dificuldade de readaptação pode ser ainda mais intensa para aqueles que não conseguiram relaxar durante as férias. "A síndrome de burnout, caracterizada por exaustão extrema, pode se agravar quando a pessoa retorna a um ambiente estressante", alerta. Ela observa que é normal sentir tristeza ao voltar às atividades, mas se esses sentimentos persistirem, é essencial buscar ajuda especializada.
Além de descansar, as férias podem servir como um momento de reflexão sobre a vida profissional. A psicóloga sugere que esse período pode ser uma oportunidade para aqueles insatisfeitos com o trabalho reconsiderarem suas opções. Para facilitar o retorno, Martins recomenda cultivar a gratidão pelo tempo de descanso e ajustar gradualmente os hábitos, respeitando o tempo necessário para a readaptação à rotina.