O JPMorgan analisou os resultados do Carrefour Brasil referentes ao segundo trimestre de 2025, destacando a relevância das informações para o setor, especialmente para Assaí (ASAI3) e Grupo Mateus (GMAT3), que receberam recomendação neutra do banco. Apesar da saída do Carrefour da bolsa, a análise indica que o ambiente de mercado continua desafiador, com o crescimento das vendas no formato atacarejo desacelerando para 6% em comparação anual, uma queda em relação aos 10% do primeiro trimestre.
O Atacadão, por sua vez, conseguiu expandir sua margem bruta em 30 pontos-base na comparação anual, alinhando-se à estratégia de priorizar rentabilidade em vez de crescimento. O volume de recebíveis descontados se manteve estável, refletindo uma postura comercial consistente, especialmente nas vendas parceladas sem juros. A alavancagem ajustada do Carrefour Brasil permaneceu em torno de 3,2 vezes, mesmo após a reorganização societária.
O Itaú BBA também avaliou que os números do Carrefour oferecem insights sobre o desempenho do Atacadão e possíveis impactos sobre o Assaí. A expectativa é que a diferença de desempenho em vendas nas mesmas lojas entre Atacadão e Assaí se reduza nos próximos trimestres, considerando que o segundo trimestre de 2024 foi uma base de comparação difícil devido a uma política de parcelamento que impulsionou as vendas. Além disso, o banco observou uma expansão na margem EBITDA do Atacadão, embora em menor escala que a margem bruta, atribuída ao aumento das despesas com pessoal.
O Itaú BBA reiterou a recomendação de compra para o Atacadão, com preço-alvo de R$ 12, enquanto o JPMorgan manteve sua recomendação neutra e preço-alvo de R$ 9.