Um relatório do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, divulgado nesta segunda-feira, destaca o aumento da influência diplomática da China enquanto o governo do presidente Donald Trump reduz sua presença internacional. O documento, resultado de meses de pesquisa, surge em um contexto de cortes significativos no Departamento de Estado, que resultaram na demissão de mais de 1.350 funcionários na última sexta-feira, parte de uma redução total de quase 3.000 postos de trabalho.
Os cortes também afetaram a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que, segundo críticos, comprometerá a capacidade dos EUA de promover seus interesses globais. A pesquisa publicada na revista The Lancet sugere que o desmantelamento da USAID pode levar a mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030.
A senadora Jeanne Shaheen, membro do comitê, afirmou que a China rapidamente se posicionou como um parceiro mais confiável após a ascensão de Trump, que defende uma política externa alinhada à agenda "America First". O relatório de 91 páginas documenta diversas iniciativas chinesas em países como Uganda e Zâmbia, onde a China tem aumentado sua ajuda humanitária e investimentos em infraestrutura, enquanto os EUA reduzem seus programas de assistência.