Um relatório preliminar da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia (AAIB) sobre a queda do voo 171 da Air India, que ocorreu no mês passado, levantou questões sobre a causa do acidente, que resultou na morte de 241 pessoas a bordo e 19 em solo. O Boeing 787 Dreamliner colidiu com um prédio menos de um minuto após decolar de Ahmedabad, com destino a Londres. Um único passageiro sobreviveu à tragédia.
O documento de 15 páginas, publicado no último sábado, não apresenta conclusões definitivas, mas destaca que dois interruptores que controlam o fluxo de combustível para os motores foram alterados de 'run' para 'cut-off' logo após a decolagem, o que resultou na perda de potência dos motores. Embora os motores tenham sido religados, foi tarde demais para evitar o acidente. O relatório também menciona uma troca de palavras entre os pilotos, mas não fornece detalhes sobre a conversa.
A falta de informações claras levou a especulações sobre a possibilidade de uma ação intencional por parte de um dos pilotos, o que gerou indignação da Associação de Pilotos Comerciais da Índia. A entidade criticou a interpretação de dados preliminares como irresponsável e insensível. O CEO da Air India, Campbell Wilson, também pediu cautela ao tirar conclusões precipitadas. A investigação continua, com a participação de representantes dos Estados Unidos, devido ao envolvimento da Boeing e da GE Aerospace, fabricantes da aeronave e do motor, respectivamente.