A Comissão de Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários da Coreia do Sul divulgou um relatório preliminar sobre o acidente da companhia Jeju Air, que resultou na morte de 179 pessoas em dezembro de 2024. O documento, obtido pela Associated Press, indica que os pilotos desligaram o motor menos danificado após a colisão com pássaros, antes do pouso forçado no aeroporto de Muan.
As conclusões iniciais, que sugerem erro humano, geraram forte reação entre os familiares das vítimas e organizações de pilotos. A Aliança de Sindicatos de Pilotos Coreanos, representando 6.500 profissionais, criticou a investigação, afirmando que a Comissão perdeu a neutralidade ao atribuir a responsabilidade aos pilotos, que também faleceram no acidente. Os parentes das vítimas expressaram indignação, alegando que a investigação não foi conduzida de maneira confiável.
O relatório destaca que não foram encontrados defeitos nos motores, fabricados pela Safran e pela GE, e que o motor direito sofreu danos mais severos. No entanto, os pilotos desligaram o motor esquerdo, que estava em melhores condições. Além disso, a investigação não abordou outros fatores, como a estrutura de concreto que o avião colidiu, a qual deveria ter sido projetada para ser mais segura.
As autoridades sul-coreanas, que gerenciam o aeroporto de Muan, não comentaram as críticas e afirmaram que os resultados finais da investigação serão divulgados até junho de 2026. A falta de gravações das caixas-pretas durante os momentos críticos do acidente complicou ainda mais as investigações, limitando a análise a dados anteriores à falha na gravação.