A mediana do relatório Focus para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 apresentou uma leve queda, passando de 5,18% para 5,17%, marcando a sétima redução consecutiva. Essa taxa permanece 0,67 ponto percentual acima do teto da meta estabelecida em 4,50%. Nos últimos cinco dias úteis, a mediana das 59 estimativas atualizadas variou de 5,16% para 5,17%.
Para 2026, a projeção do IPCA se manteve em 4,50% pela nona semana seguida, alinhada ao teto da meta. A mediana das 58 estimativas revisadas recentemente oscilou de 4,47% para 4,49%. O Banco Central, em sua última comunicação, espera que a inflação atinja 4,9% em 2025 e 3,6% em 2026, com foco no final do próximo ano.
Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, elevando-a de 14,75% para 15,0%. O colegiado indicou que pode interromper o ciclo de alta de juros para avaliar os efeitos das medidas já implementadas. A nova meta de inflação, que é contínua e baseada no IPCA acumulado em 12 meses, tem um centro de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual.
Caso a inflação ultrapasse esse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central será considerado fora do alvo. Essa situação foi observada após a divulgação do IPCA de junho, levando a autoridade monetária a publicar uma carta aberta, prevendo uma queda da taxa abaixo de 4,50% até o fim do primeiro trimestre de 2026. A mediana do Focus para a inflação de 2027 se manteve em 4,0% e a de 2028 em 3,80%, uma leve redução em relação ao mês anterior.