Um novo relatório da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, divulgado nesta terça-feira (15 de julho de 2025), alerta que a economia global pode sofrer uma perda de até US$ 39 trilhões em benefícios econômicos até 2050 devido à destruição de áreas úmidas, essenciais para a pesca, agricultura e controle de enchentes. Desde 1970, aproximadamente 22% das zonas úmidas do mundo desapareceram, incluindo ecossistemas de água doce e sistemas marinhos costeiros.
O estudo revela que, nas últimas cinco décadas, o planeta perdeu 411 milhões de hectares de áreas úmidas, o que equivale a meio bilhão de campos de futebol. Além disso, um quarto das zonas úmidas que ainda existem se encontra em estado de degradação. Essas áreas são fundamentais para a biodiversidade, pois abrigam comunidades de plantas e animais adaptados a ambientes aquáticos e terrestres.
Para mitigar os impactos da degradação das áreas úmidas, o relatório recomenda investimentos anuais que variam entre US$ 275 bilhões e US$ 550 bilhões. As principais ameaças a esses ecossistemas incluem mudanças no uso da terra, poluição, expansão agrícola, invasão de espécies não nativas e os efeitos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e secas prolongadas.