O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou neste sábado (26) a intensificação da atuação humanitária do Reino Unido em Gaza, com foco na evacuação de crianças feridas e doentes, além do envio de suprimentos por via aérea. A decisão foi tomada após conversas com os líderes da França e da Alemanha, que classificaram a situação humanitária na região como "terrível".
De acordo com o comunicado do gabinete de Starmer, o governo britânico está colaborando com parceiros como a Jordânia para realizar lançamentos aéreos de ajuda humanitária e retirar crianças que necessitam de tratamento médico fora do território palestino. Os suprimentos serão enviados por meio da Jordânia e dos Emirados Árabes, que são os únicos autorizados por Israel a oferecer ajuda aérea a Gaza.
A medida ocorre em um contexto de crescente preocupação internacional com a fome em Gaza, exacerbada por um bloqueio quase total à entrada de ajuda nos últimos meses. O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou a comunidade internacional por ignorar a crise humanitária, chamando a situação de "crise moral que desafia a consciência global". A ajuda humanitária na região é atualmente coordenada por uma fundação privada controversa, a Gaza Humanitarian Foundation (GHF), enquanto a ONU e outras ONGs enfrentam dificuldades para distribuir suprimentos devido ao bloqueio israelense.