O governo britânico anunciou nesta segunda-feira (21) a imposição de 137 novas sanções direcionadas aos setores de energia e petróleo da Rússia, como parte de um esforço contínuo para minar o financiamento da guerra na Ucrânia. As novas medidas visam restringir o acesso do presidente Vladimir Putin a receitas essenciais provenientes do petróleo, com o objetivo de aumentar a pressão econômica sobre o regime russo.
As sanções afetam 135 petroleiros utilizados pela Rússia para exportar petróleo de forma clandestina, que, desde o início de 2024, movimentaram cerca de US$ 24 bilhões. Além disso, foram incluídas na lista a empresa Intershipping Services LLC, responsável pelo registro de embarcações sob bandeira do Gabão, e a Litasco Middle East DMCC, vinculada à petrolífera russa Lukoil, que juntas teriam facilitado o transporte de até US$ 10 bilhões em petróleo por ano para Moscou.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, destacou que as sanções visam drenar os recursos financeiros da Rússia, enquanto o presidente russo continua a adiar negociações de paz. Lammy afirmou que o Reino Unido utilizará todas as ferramentas disponíveis para aumentar a pressão econômica sobre a Rússia a cada passo.
O comunicado do governo britânico também ressaltou que as sanções ocidentais já resultaram em uma queda significativa nas receitas de petróleo e gás da Rússia desde 2022, com uma perda de mais de um terço do valor em três anos. As novas medidas foram anunciadas em conjunto com a decisão do Reino Unido e da União Europeia de reduzir o teto de preço do petróleo bruto russo.