A Faculdade de Teologia, em recente discussão, trouxe à tona reflexões sobre a natureza cíclica do tempo, inspiradas no livro de Eclesiastes. A professora Marina Teixeira Canedo destacou que "nada há, pois, novo debaixo do sol", sugerindo que os dramas da humanidade se repetem sob novas formas ao longo da história. Essa visão foi aprofundada por pensadores como Hegel e Guimarães Rosa, que abordaram a repetição como um meio de fertilizar a eternidade e aprender com o passado.
Em um contexto contemporâneo marcado por guerras mediadas por inteligência artificial e crises climáticas, a discussão enfatiza que, apesar da evolução das ferramentas, os impulsos humanos como ambição e medo permanecem constantes. A dialética hegeliana sugere que a síntese atual se tornará a tese do futuro, reiterando que os dilemas morais enfrentados hoje são os mesmos de épocas passadas.
Além disso, a reflexão abrange a influência do passado nas decisões políticas e nas relações pessoais, ressaltando que a sabedoria de tradições religiosas antigas e de filósofos como Santo Agostinho e Tomás de Aquino reconhece a importância dos ciclos temporais. A ideia de que o que retorna pode ser um aprendizado é central para a compreensão do tempo, que, segundo Kardec, também possui uma dimensão espiritual.
Por fim, a discussão conclui que, embora a repetição possa parecer uma limitação, ela é, na verdade, uma oportunidade de renascimento e aprendizado. O futuro, quando vivido com consciência, pode ser visto como um retorno transformado, reafirmando a ideia de que cada momento é um novo começo.