A Faculdade de Teologia, em recente discussão, trouxe à tona a reflexão sobre a natureza cíclica do tempo, inspirada no livro de Eclesiastes. A professora Marina Teixeira Canedo destacou que "nada há, pois, novo debaixo do sol", sugerindo que os dramas da humanidade se repetem ao longo das eras, embora sob novas formas e tecnologias. Essa ideia é reforçada por pensadores como Hegel, que propõem que a história se desenvolve em espirais, onde cada época traz à luz os mesmos dilemas morais, mesmo com a evolução dos instrumentos utilizados.
A discussão também abordou a influência do passado nas decisões contemporâneas, com referências a filósofos como Paul Ricoeur e Santo Agostinho, que enfatizam a presença constante do passado no presente. A relação entre repetição e aprendizado foi explorada através de citações de Guimarães Rosa e tradições religiosas, que reconhecem os ciclos cósmicos e a importância da repetição como um meio de evolução espiritual e intelectual.
Além disso, a conversa incluiu a perspectiva crítica de Sartre, que vê a repetição como uma negação da liberdade, contrastando com a visão de Nietzsche sobre o "eterno retorno". A conclusão sugere que, embora a repetição possa parecer um fardo, ela também é uma oportunidade de aprendizado e transformação, reforçando que o passado, quando compreendido com sabedoria, pode servir como um guia para o futuro.