Em 2024, o Brasil registrou 2,2 mil pedidos de recuperação judicial, o maior número da série histórica do Serasa Experian, representando um aumento alarmante de 61,8% em comparação a 2023. Este cenário crítico acende um sinal de alerta para os empreendedores, que enfrentam um ambiente desafiador e repleto de incertezas. Apenas uma em cada quatro empresas que solicitam recuperação judicial consegue se reerguer após o processo, segundo dados do Sebrae, que também indicam que 50% das novas empresas fecham antes de completar cinco anos de operação.
A análise de casos reais revela que, mesmo com boas práticas de gestão e controle, muitas empresas não conseguem evitar o fracasso. Um exemplo positivo é uma empresa familiar alemã com mais de 200 anos de história, que prioriza a estrutura organizacional em detrimento de laços familiares, garantindo que apenas membros capacitados ocupem cargos na empresa. Em contrapartida, uma empresa europeia com mais de um século de existência enfrentou o colapso devido à contratação de executivos inadequados e decisões de gestão impraticáveis, evidenciando a importância de uma liderança focada no bem-estar da organização.
Os especialistas alertam que, para evitar a falência, é crucial que os empreendedores adotem uma visão estratégica e se adaptem às mudanças do mercado. A gestão deve ser profissional e voltada para a execução de planos viáveis, independentemente de quem esteja à frente da empresa. A falta de preparação para enfrentar desafios e a ausência de um planejamento sólido são fatores que podem levar ao insucesso, ressaltando a necessidade de uma abordagem mais consciente e estruturada na administração dos negócios.