O uso de dispositivos de reconhecimento facial em estádios com capacidade superior a 20 mil espectadores no Campeonato Brasileiro se tornou obrigatório, visando a identificação de foragidos da Justiça e cidadãos desaparecidos. A medida, estabelecida por lei em 2023, foi implementada em partidas recentes, como a do Corinthians contra o Bragantino, onde o sistema foi testado com um público de 33.847 torcedores. O cadastro prévio no sistema permite que o reconhecimento facial funcione como ingresso, facilitando a entrada dos torcedores.
No Mineirão, a primeira operação totalmente biométrica na partida entre Cruzeiro e Grêmio enfrentou dificuldades, levando torcedores a criticarem a implementação. Em resposta, os clubes afirmaram que as instabilidades seriam analisadas e corrigidas nas próximas partidas. Apesar dos desafios, a maioria dos estádios já se adaptou ao novo sistema, como o Castelão em Fortaleza e o Maracanã, onde o público tem elogiado a agilidade e organização do processo.
Além de combater o cambismo, o reconhecimento facial também tem um impacto significativo na segurança pública. O estádio do Palmeiras, que opera com o sistema desde setembro de 2023, já colaborou com a polícia na captura de indivíduos com pendências legais, incluindo casos de tráfico de drogas e pedofilia. A medida visa proporcionar maior segurança aos torcedores, garantindo que apenas pessoas identificadas e com antecedentes verificados tenham acesso às partidas.