A partir deste sábado, 12 de agosto, o uso de reconhecimento facial será obrigatório para o acesso de torcedores em estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas em todo o Brasil. A medida, estabelecida pela Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/2023), entra em vigor com a retomada do Campeonato Brasileiro, após a pausa para a Copa do Mundo de Clubes. O objetivo é reforçar a segurança e combater práticas ilegais, como o cambismo, substituindo ingressos físicos e digitais pela identificação biométrica facial vinculada ao CPF do torcedor.
Estádios como Palestra Itália, Arena Castelão e Beira-Rio já adotaram a tecnologia, em parceria com empresas especializadas. A Imply, uma das líderes no setor, opera em nove arenas das Séries A e B, com investimentos em tecnologia de controle de acesso que ultrapassam R$ 100 milhões. O custo por estádio varia entre R$ 4 milhões e R$ 9 milhões, dependendo da estrutura.
Executivos do setor destacam que a tecnologia tem permitido impedir a entrada de torcedores com restrições judiciais. Recentemente, durante uma partida entre Fortaleza e Colo-Colo, mais de 500 torcedores chilenos proibidos pela Justiça foram identificados e tiveram a compra de ingressos bloqueada. Além de aumentar a segurança, a tecnologia visa melhorar a experiência do torcedor, conforme afirmam dirigentes de clubes como Internacional e Cuiabá. O Sport, por sua vez, implementará um sistema inovador de venda de ingressos via WhatsApp, em parceria com a fintech Z.ro Bank, para facilitar ainda mais o acesso dos torcedores.