O real teve um desempenho positivo nesta quarta-feira, 30, entre as principais moedas globais, mesmo após a assinatura de um decreto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que eleva a tarifa sobre produtos brasileiros de 10% para 50%. A aplicação da nova tarifa, que entrará em vigor em sete dias, oferece uma janela para possíveis negociações entre os países. No entanto, a recente inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na Lei Magnitsky dos EUA gerou cautela no mercado, contribuindo para a valorização do dólar.
O dólar à vista fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,5892, após oscilar entre R$ 5,5397 e R$ 5,6303 durante o dia. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas fortes, registrou uma alta de 0,92% por volta das 17 horas, refletindo uma tendência global de valorização da moeda americana. A volatilidade foi acentuada após a notícia das sanções contra Moraes e a elevação das tarifas, que inicialmente causaram uma alta no dólar.
Apesar do aumento das tarifas, uma lista de exceções foi divulgada, incluindo produtos de aviação civil e algumas categorias de minérios, o que pode oferecer alívio a certos setores. O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, atribuiu a alta do dólar ao "efeito Powell", referindo-se à incerteza sobre a decisão de juros nos EUA, que ainda não foi definida para setembro. Essa combinação de fatores resultou em um fechamento do dólar em alta, apesar de uma leve queda observada anteriormente na sessão.