A Câmara Municipal de Vilhena (RO) aprovou, no início de julho, um reajuste no auxílio-alimentação dos vereadores para R$ 1,4 mil mensais, o que custará aproximadamente R$ 18,2 mil por mês aos cofres públicos. A decisão, que contou com ampla maioria, provocou forte reação entre os moradores da cidade, levando à criação de um abaixo-assinado que já reúne mais de 3,5 mil assinaturas pedindo a revogação do benefício.
O jornalista Paulo Mendes, um dos idealizadores da mobilização, criticou a rapidez da votação, que ocorreu em menos de sete minutos, e afirmou que isso demonstra a falta de acompanhamento da população em relação às decisões da Câmara. Mendes questionou se os vereadores teriam sido eleitos caso tivessem anunciado a aprovação do auxílio durante a campanha eleitoral, ressaltando a importância da participação cidadã nas questões políticas locais.
Em resposta à controvérsia, a Câmara Municipal justificou a aprovação do reajuste, afirmando que o auxílio já era concedido a servidores efetivos e comissionados desde 2019, com base em uma norma de 2018. A nota oficial destacou que a medida não representa um novo gasto, mas sim a correção de uma desigualdade interna, além de esclarecer que o auxílio tem natureza indenizatória, não incidindo sobre encargos previdenciários ou 13º salário.