O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, teve sua prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro após um ataque a policiais civis na Vila do Joá. A decisão, proferida pela juíza Ane Cristine Scheele Santos, se baseia em acusações de resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal, além de investigações por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O incidente ocorreu durante uma operação policial que visava apreender um adolescente suspeito de roubo de veículos, que estaria escondido na residência do cantor.
Durante a abordagem, Oruam teria atirado pedras contra os policiais, resultando em ferimentos em um deles. O rapper admitiu a ação, alegando que reagiu por se sentir ameaçado, já que os agentes estavam armados. A defesa do cantor argumenta que não foram encontradas drogas em sua casa e que a resistência foi uma resposta a um suposto abuso de autoridade. Oruam anunciou, por meio de suas redes sociais, que se entregará à polícia.
O processo está sob segredo de justiça, e a prisão preventiva foi determinada após pedido do Ministério Público, que inicialmente solicitou uma prisão temporária de 30 dias. Além das acusações de lesão corporal e resistência, Oruam também é acusado de desacato, por ofensas proferidas contra os policiais durante e após a abordagem. O secretário da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Felipe Curi, classificou o rapper como 'um criminoso faccionado', ligando-o ao Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do estado.
A situação se agravou quando Oruam e outras pessoas presentes no local atacaram os policiais com pedras e ofensas, dificultando a execução do mandado de busca. Um dos envolvidos no ataque foi preso, mas Oruam não foi detido naquele momento. A investigação continua em andamento, com a polícia analisando a possível ligação do rapper com atividades criminosas relacionadas ao tráfico de drogas.